PEGADA FALSA



A pegada falsa (false grip) é fundamental no processo de desenvolvimento para o muscle up (http://goo.gl/htgaEH).

A pegada falsa é o início do movimento, sem essa pegada não será possível fazer o primeiro muscle up sem que exista o kipping/balanço.

Como fazer a pegada falsa?



Um bom começo, antes de pendurar seu corpo todo usando esta pegada, podemos fazer remadas, assim aos poucos iremos calejando e adaptando as mãos/punhos à esta pegada:




Pratiquem a pegada de vocês! E se o muscle up está dentre os movimentos à dominar, esteja preparado para calos de "suicídio", nomeado segundo nossa aluna Elisama, que são os calos nos punhos, além dos calos "normais" da palma da mão.

Que a força esteja com vocês!


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FORÇA da PEGADA e as MÃOS

As mãos são importantes para todo e qualquer exercício que envolva os membros superiores (MMSS).
Num levantamento terra (deadlift), numa remada, puxada, barra... Entre vários outros exercícios a força da pegada é fundamental na performance e desempenho destes movimentos.
Existem várias estratégias para fortalecer a pegada. Vários "aparelhinhos", como aquelas "molinhas" que você compra para ficar apertando.
Bom, digo que com progressões adequadas somente no trabalho de chinup/pullup a força da pegada será muito bem desenvolvida.
O simples fato de se suportar, de aguentar o seu próprio peso com as próprias mãos já nos dará força de sobra para trabalhar com outros exercícios de carga externa.
Não é atoa que nossos alunos não usam luvas. Nossas mãos, com o passar do tempo foram ficando frágeis, pois deixamos de usá-las. Por tanto, "meter a mão na massa" é um processo necessário e essencial para adaptações que irão nos dar mais força e nos tornar menos frágeis.
Os calos são necessários, a resistência à dor também! Quanto mais dor suportamos, melhores seres humanos seremos.
Então experimentem o quanto a força das suas mãos podem te ajudar; será que você aguenta seu corpo nas duas mãos, em uma mão, pedurando, braço flexionado... Por quanto tempo?



No vídeo nossa aluna Vivian demonstrando o suporte do próprio corpo nas argolas em ambas as mãos.
Existem trabalhos que relacionam a força da pegada (dinamometria) à qualidade de vida e longevidade.
Deixem um pouco as luvas e straps de lado... Só após uma força básica da pegada é que estes aparatus serão bem-vindos.

Que a força esteja em vossas mãos!


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Privação Visual no Exercício

Já é sabido que a privação visual tem efeito benéfico em teste de 1RM e de repetições máximas e trás uma percepção subjetiva de esforça menor. Então quanto a força e esforço máximo sabe-se que 'fechar os olhos' irá ajudar a recrutar mais unidades motoras.

Mas e no equilíbrio?
Para o equilíbrio basta a gente ficar em apenas uma perna e fechar o olhos e já teremos a resposta. Com equilíbrio, se fechar os olhos, o "buraco fica mais embaixo", é mais difícil de manter o equilíbrio.
Porém, nem sempre aquilo que piora um movimento é ruim, pois piorar o movimento (com privação visual) pode melhorá-lo quando "voltar" a enchergar.
Você fazer um movimento com os olhos fechados altera nossa secreção hormonal, altera a nossa ativação cerebral, além de tornar-se um desafio maior ao executar um movimento e manter o controle corporal. Não é atoa que o ninja assassino, Raizo, em sua juventude, fica por anos com os olhos vendados. (rsrsrs)



Ao fechar os olhos, nós saimos do mundo exterior e entramos no nosso mundo interior. Podemos prestar mais atenção em cada "canto" do nosso corpo que a gente movimenta mas não toma consciência disso e "ver" de forma diferente o espaço físico que nosso corpo ocupa no ambiente.

No caso de um handstand, sentir o solo nas palmas das mãos e "visualizar" onde seu corpo se posiciona no espaço é uma tarefa completamente diferente quando de olhos vendados.

Aos praticantes de Jiu-Jitsu, vale experimentar fazer uma luta inteira, no chão, de olhos fechados. Vai descobrir que a percepção de onde e como está o corpo do seu adversário será completamente diferente, afetando em qual decisão tomar dependendo de cada movimento, toque e som.

Não é a primeira vez que falo da importância de uma periodização, então mais uma vez volto a dizer: o planejamento e organização fazem toda diferença no resultado a médio e longo prazo. Dentro de uma programação adequada pode-se incluir exercícios com privação visual, e isso não vale só para o handstand e exercícios de equilíbrio, mas vale a experiência de fazer um agachamento, terra/deadlift, supino/bench press, movimentos olímpicos (com supervisão e SEM carga) com os olhos fechados. Seu corpo e cérebro vão agir e se adaptar completamente diferente à este estímulo. E tenha certeza que esta experiência trará muitos benefícios, além daqueles que podemos ver.

por: Prof. Esp. Alexandre Castro Alves


DICAS DE LEITURA
Geralmente não escrevo referências, apesar de TODAS as minhas postagem sobre métodos e treinamentos ter embasamento na ciência, pois acho que todo profissional deveria fazer as referências por sí, não me entendam mal, não é "inventar" as coisas, mas sempre que ouvir, ver ou ler sobre algum método ou algo que desconheça, que seja diferente, etc... O próprio profissional deveria pesquisar e adquirir referências sobre o assunto. Artigos, livros, cursos, workshops, consultorias, etc... O conhecimento é grátis até certo ponto, ele custa muito mais FORÇA DE VONTADE e DEDICAÇÃO do que dinheiro.
Mesmo sabendo que alguns da pouca e mínima minoria que ler este artigo irá ler as referências, abaixo deixo alguns artigos para os mais interessados e também aos que pensam que "fechar os olhos" é besteira, macaquisse, coisa de circo, etc etc etc...

• Martin Simoneau, et al. Sensory deprivation and balance control in idiopathic scoliosis adolescent. Experimental Brain Research. April 2006, Volume 170, Issue 4, pp 576582
• Saulo Costa, et al. Influência da privação visual no teste de uma repetição máxima e na predição de carga. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, ano 11, nº 36, abr/jun 2013
• Isabelle V Bonan, et al. Reliance on visual information after stroke. Part II: effectiveness of a balance rehabilitation program with visual cue deprivation after stroke: a randomized controlled trial. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation, Volume 85, Issue 2, February 2004, Pages 274–278
• Arianna Maffei, et al. Selective reconfiguration of layer 4 visual cortical circuitry by visual deprivation. Nature Neuroscience 7, 1353 1359 (2004)
• Luana Mann, et al. Effect of low back pain on postural stability in younger women: Influence of visual deprivation. Journal of Bodywork and Movement Therapies, Volume 14, Issue 4, October 2010, Pages 361–366
• Arianna Maffei, et al. Potentiation of cortical inhibition by visual deprivation. Nature 443, 8184 (7 September 2006) | doi:10.1038/nature05079; Received 22 April 2006; Accepted 14 July 2006; Published online 23 August 2006
• Ania Majewska and Mriganka Sur. Motility of dendritic spines in visual cortex in vivo: Changes during the critical period and effects of visual deprivation. PNAS, December 23, 2003 vol. 100, no. 26
• HaiYan He, et al. Visual Deprivation Reactivates Rapid Ocular Dominance Plasticity in Adult Visual Cortex. The Journal of Neuroscience. 26(11): 29512955; doi: 10.1523/JNEUROSCI.555405.2006
• Alex Souto Maior, et al. Resposta da força muscular em mulheres com a utilização de duas metodologias para o teste de 1RM. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo, v.4, n.24, p.587-592. Nov/Dez. 2010. ISSN 1981-9900
• Ring, C., Nayak, U. S. L. and Isaacs, B. (1989), The Effect of Visual Deprivation and Proprioceptive Change on Postural Sway in Healthy Adults. Journal of the American Geriatrics Society, 37: 745–749. doi: 10.1111/j.1532­5415.1989.tb02237.x
 

Sobre os Exercícios de MMII Utilizando o Peso Corporal

Quando se fala de exercícios de calistenia (exercícios que utilizam do peso corporal) logo se pensa em barras e flexões. Mas e os membros inferiores (MMII)?

Muito bem...

Existem diversos exercícios eficientes que utilizam de apenas o peso corporal como resistência. Porém, apenas o peso do corpo como resistência (para membros inferiores) não é suficiente!
Com o tempo o organismo irá se adaptar e o indivíduo estará apto a usar seu corpo como um todo e em diversos ângulos, planos e movimentos se tratando da própria resistência. Este é o ideal ACAFitness.

Então NÃO... Somente exercícios com peso corporal para membros inferiores NÃO são suficientes para um trabalho completo.

Os membros inferiores buscam intensidade e devem ser sobrecarregados com tal.



No vídeo, nossa aluna Roberta executa várias repetições da combinação de Pistol com Shrimp Squat (shrimp squat é um dos exercícios mais difíceis de membros inferiores junto com o GHR (saibam mais dele aqui: http://goo.gl/YkoN0m) mesmo após ter feito toda sua rotina de agachamentos (extensa sessão de Back Squat) e mobilidade da cadeia posterior.

Conclusão
Não baseiem seus treinamentos de MMII somente em exercícios com o peso corporal. Eles são sim muito úteis e precisam ser dominados (isso é força BÁSICA), porém os maiores benefícios e resultados em termos de força, potência, agilidade, velocidade e hipertrofia em MMII virão de exercícios básicos com carga externa: Back Squat, Front Squat, Deadlift, Snatch, Clean, Power Snatch, Power Clean, Saltos com Cargas, Pliometria e etc.

DOMINE SEU PRÓPRIO CORPO, ganhe força e mobilidade para se movimentar de forma natural e o mais livre possível, depois disso intensique o treinamento com CARGA. Agache pesado! Puxe os pesos do chão! De forma organizada e periodizada tudo isso cabe perfeitamente na sua rotina e dentro dos seus objetivos.

Sem intensidade, não existe responsividade! ;)



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COMPLEXIDADE

Um ponto negativo (dentre outros positivos) dos exercícios com peso externo (supino, remada, biceps, tríceps, etc) é a dificuldade para o aumento da complexidade. Conseguimos aumentar a intensidade, volume, densidade, etc... Mas a complexidade fica prejudicada.

Mas o que é a complexidade? 
Do dicionário Aurélio:
com.ple.xo (cs) [Lat. complexu. ◘14] adj. 1. Que abrange ou encerra muitos elementos ou partes. 2. Observável sob diferentes aspectos. 3. Confuso, complicado. 4. Composto por elementos de naturezas distintas. 5. Mat. Que tem uma parcela real e outra imaginária: número complexo (q.v.). • sm. 6. Grupo ou conjunto de coisas, fatos ou circunstâncias que têm qualquer ligação ou nexo entre si. Psiq. 7. Grupo de ideias inconscientes inter-relacionadas e ligadas a afetos, que influenciam fortemente as atitudes e o comportamento de um indivíduo. [A ideia ou sentimento central são ger. mencionados: complexo de inferioridade, etc.]

Então tomemos para nós como complexidade sendo 1, 4 e 6.
O exercício complexo é aquele que você precisa PENSAR mais. Que não é tão fácil acertar a técnica de primeira. Que exige mais do nosso sistema neuromuscular.

Devemos sempre estar desafiando o sistema neuromuscular com tarefas mais complexas, para que ele se adapte e torne as tarefas anteriores ainda mais fáceis. Veja o exemplo abstrato abaixo:

1. Flexão de Braços de Joelhos + Pranchinha + Agachamento
2. Flexão de Braços Normal + Pranchinha com pé na bola + Agachamento com Carga
3. Flexão de Braços com Pé no banco + Handstand(HS) na parede por 10 segundos + Agachamento com salto
4.  Flexão de Braços com Pé na Bola + HS na parede por 30 segundos + Pliometria e técnicos de rolamento para trás
5. Flexão "Jackknife Pushup" + HS na parede por 60 segundos + Força/Agachamentos/Pliometria/Saltos com técnica de backflip/mortal
6. Flexão NEGATIVA em HS na parede + Tecnico de HS livre + Força/Agachamentos/Pliometria/Saltos com técnica de backflip/mortal
7. Flexão "Headstand Pushup" + Saltos backflip
8. Tuck para Handstand para Backflip (vídeo)


Podemos observar aqui que de vários exercícios, iremos aumentando a complexidade e intensidade até chegar em apenas UM muito mais complexo e intenso.

O processo é lento, demorado, e INFINITO... Pois sempre poderemos aumentar a complexidade e assim carregar a intensidade para níveis maiores.
Enquanto isso, nos exercícios supino, remada, bíceps, tríceps e etc podemos apenas aumentar a intensidade e volume (peso e repetições/séries). Muscularmente falando isso é muito bom e necessário, porém para o sistema neuromuscular são exercícios pobres. Lembrando que estou citando um ponto "negativo" dentre outros positivos, nenhum exercício é descartável, este texto apenas trata e chama a atenção para a utilidade da complexidade no treinamento/exercícios.

Incluir a força, o equilíbrio e a potência nos nossos planejamentos certamente irá mudar todos os aspectos da nossa periodização e trará vários benefícios e resultados. Mas incluir o fator COMPLEXIDADE irá nos levar à um patamar muito mais alto no treinamento e preparação física.

Sejam complexos... Invistam em complexidade! ;)


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THE FORCE

Já temos vários exemplos de que o trabalho e ganho de força aumenta drasticamente a resistência muscular. (https://goo.gl/ZkbzTs) e (https://goo.gl/XHJfDh)

Com um trabalho focado no desenvolvimento da força pura e na correções dos pontos fracos conseguimos aumentar drasticamente o número de repetições em exercícios com progressões/cargas inferiores, mesmo sem treinar especificamente para este aumento de resistência.



No vídeo mais uma prova disso: Vivianne executa 10 reps de Transição de Muscle Up, sendo que nunca treinou especificamente para isto. Porém os treinos intensos em força e a prática de movimentos mais complexos de força tornam possível tal feito.
Então, o fato de preparar bem a força muscular pode ser um grande trunfo quando se tratar de usar a resistência muscular em exercícios inferiores a nível de complexidade e intensidade.

May the force be with you!
E que a força esteja com você!


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Tempo da fase EXCÊNTRICA e ISOMÉTRICA

Todo e qualquer movimento possue sua fase de contração concêntrica, excêntrica e isométrica. Cada uma das fases agindo mais ou menos, dependendo do planejamento e variáveis a manipular.
Já falamos à muito tempo atrás sobre a manipulação do Tempo (uma variável muito importante, assim como Série, Repetições, Intervalo de Descanso), leia sobre a importância do Tempo no exercício aqui: http://goo.gl/rdVbaS
Manipular a fase excêntrica como a fase isométrica (pausas em determinados ângulos no arco de movimento) muda completamente a perspectiva do exercício.



No vídeo, nossa aluna Luciana demonstra a fase Excêntrica do Muscle Up em todas as fases (Supporte, Ring Dip, Transição, False Grip Chinup, Hang L-Sit). No exercício demonstrado ela segura 10 segundos na posição de suporte nas argolas, 10 segundos na posição baixa de ring dip, 5 segundos na posição alta de false grip chinup, e 5 segundos na posição pendurada em L com pegada da águia.
Então foram 4 exercícios em série, pouco mais de 30 segundos exposta à tensão exercida pelo exercício e a gravidade. Diferente de fazer um Muscle Up em 3-4 segundos, quando se fica mais de 30 segundos exposto a tensão de um exercício (independete de quantas repetições se faz) seu sistema energético e sistema muscular age completamente diferente.

Observem o tempo de exposição ao exercício, quanto tempo vocês ficam sob tensão. Isto é tão importante quanto o número de repetições que se faz de determinado exercício. Afinal de contas... O músculo não sabe contar. Uma repetição que dure 30 segundos, ou 5 repetições que dure os mesmos 30 segundos? É igual, mas é diferente. Para decidir isso deve-se analisar o indivíduo em questão e quais os objetivos mais importantes e os pontos mais comprometidos (pontos fracos).

Entendendo melhor como o organismo funciona, como o sistema energético produz energia, como funciona o sistema de contração muscular, entendendo e dominando as progressões e variações do exercício e método à usar, irá dar as melhores respostas para decidir quando usar mais ou menos tempo em cada fase da contração muscular seja lá qual for o exercício e/ou objetivo em questão.


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SASS vs BAS (Exercícios de Força com Braço Reto vs. com Braço Flexionado)

Straight Arm Scapular Strength (SASS) vs. Bent Arm Strength (BAS)

São duas formas de dividir os exercícios para membros superiores. Oriundo da ginástica, esta divisão separa os exercícios que requerem que o braço fique o tempo todo reto/estendido dos que onde o braço pode flexionar.

Na musculação seria (MAIS OU MENOS) como separar os exercício de ombro uniarticulares (elevação frontal, elevação lateral, pullover, pulldown, flyes/crucifixos, etc) com os exercícios de peito e costas (supinos, desenvolvimento militar, puxadas e remadas).

Os exercícios que pedem o braço reto (SASS) requerem uma força grande da região escapular e dos ombros. Press Handstand, Planche, Back Lever, Front Lever, Skin the Cat, entre outros, são exercícios fundamentais para um bom desenvolvimento da força das escapulas e dos ombros.

Os exercícios que pedem o braço flexionado (BAS) requerem grande força dos braços. Handstand Pushups, Dips, Pullups/Chinups, Muscle Ups, etc, são exercícios que exigem força, vagamente falando, de puxar e empurrar dos braços, desde os musculos da articulação do cotovelo até os das articulações dos ombros.

Ambos os tipos de exercícios e suas progressão são fundamentais em um programa de treinamento. De forma periodizada e organizada pode-se (e DEVE-SE) desenvolver ambos: SASS e BAS.

Especialmente os exercícios do grupo SASS são essenciais para o desenvolvimento da força escapular, e esta força estará ligada DIRETAMENTE nos exercícios de BAS. Se a escapula tiver força e estabilidade suficiênte para executar exercícios de resistência com o peso corporal estando com os braços retos, então com o braço flexionado tudo será mais fácil.
Quando com os braços retos toda alavanca fica com uma desvantagem mecânica maior, isso faz com que haja mais tensão na musculatura exigida, então tornando seu corpo mais forte e resistente naquela articulação.

Pode-se também misturar os dois grupos de exercícios. Assim como na musculação. Quantas vezes já viu bi-set de crucifixo com supino, elevação lateral com desenvolvimento com halteres, etc...

No vídeo temos um exemplo de um complexo envolvendo ambos (SASS e BAS), primeiro com o Press HS de forma concêntrica e logo o 90° Handstand Pushup de forma excêntrica.

A ativação neural para cada grupo de exercícios é bem diferente. Toda vez que ficamos com os braços retos é mais dificil de estabilizar e "pensar" no movimento. Isso exige treino.

Como inserir exercícios de SASS em seus treinos?

Pode começar com exercícios com halteres:
A1) https://www.youtube.com/watch?v=FrKk2uaghpA
A2) https://www.youtube.com/watch?v=zlacrCGc3zM

E também com exercícios mais simples:
B) https://www.youtube.com/watch?v=qQIIrL-zGlY
Reparem que o eixo de movimento aqui está na articulação do ombro e os braços ficam retos o tempo inteiro.

Como a força das escápulas tem fundamental importância nestes exercícios, leiam este artigo que fala melhor sobre as escápulas: http://acafitness.blogspot.com.br/2014/04/a-forca-escapular.html


Após um tempo de prática já terá consciência corporal suficiente para inserir exercícios mais avançados e continuar a progredir em AMBOS os grupos de exercícios, SASS e BAS.
 

Sissy Squat

Esse exercício é polêmico. Tem quem diga que ele lesiona os joelhos, sobrecarrega tendões e etc. Mas... Toda regra tem sua excessão.
Com os exercícios, assim como na vida, não existe certo e errado. Bom ou mal. Tudo DEPENDE.

É complicado dizer isso na comunidade científica, pois para a ciência não pode depender, é sim ou não, bom ou mal, certo ou errado. O cinza muitas vezes não existe, ou é preto ou é branco. Ciência é número, e precisa ser assim se não nunca tem conclusão alguma. Para a ciência o sissy squat é ruim. Ponto. Mas para determinado público! Assim como esteróides anabolizantes para pessoas jovens saudáveis faz mal e trás muitos riscos, para pessoas com HIV positivo podem levar à um aumento de peso e levar a um melhor funcionamento físico e melhor qualidade de vida. E olha que engraçado: o uso de esteróides anabolizantes tem sido associado com aumento das taxas de HIV em pessoas que compartilham agulhas ou o uso de agulhas não estéreis, quando eles injetam esteróides. Então se você não tem HIV e usa esteróides anabolizantes, se compartilhar as agulhas já tem risco maior de adquirir a doença.
O mesmo conceito para o exercício: população errada para exercício errado, vai dar merda!

Para membros inferiores os exercícios mais efetivos são os básicos (Back Squat, Front Squat, Deadlift, Snatch, Clean & Jerk). O Sissy Squat, apesar de ser um exercício de força, na minha metodologia ele entra como exercício de Pré-Reabilitação.

Como assim "pré-reabilitação"?
Usando-o como exercício de fortalecimento prévio aos tendões, ele se classifica como bom exercício. Mas assim como qualquer medicamento, ele precisa de dosagem certa em população certa, se não faz muito mal.

Vou colocar algumas dicas para diminuir a chance de erro na hora de prescrever esse exercício:

1) população
Quem vai fazer? Precisa ser um indivíduo já adaptado com movimento (dançarinos/bailarinos, praticantes de parkour/freerunning, por exemplo). Pois indivíduos que lidam com movimentos bruscos precisam estar preparadas para o imprevisto. Nosso corpo não é uma linha reta, não age de forma padronizada todo o tempo. Imprevistos VÃO acontecer, e é melhor estar preparado para tal.

2) intensidade
Quanto? Neste exercício não se deve utilizar altas repetições. É um exercício de força e uniarticular, que assim remete-se à no máximo 5 repetições. Mais do que isso, tem alguma coisa errada; ou pecou no quisito #1 acima (população) ou esta fazendo de forma errada (se precisa segurar ou apoiar em alguma coisa, o exercício já não está adequado, existem OUTRAS PROGRESSÕES que irão colocar menos tensão nos joelhos/tendões e de forma progressiva você irá aumentar essa tensão, de acordo com a adaptação do seu corpo até chegar na progressão final... Isso demora muitos meses, não acontece do dia para a noite).

3) descanso
Sendo um exercício extremamente tensional, o tempo de intervalo entre séries deve ser maior (2-3 minutos). A frequência com que se usa ele na semana também deve ser baixa. Depende muito no nível de treinamento da pessoa e outros fatores, mas no geral - NO GERAL, uma vez por semana (dependendo de quais outros exercícios o praticante irá fazer em conjunto) já é suficiente e irá trazer resultados.

4) experiência
Saber o que está fazendo! O ideal deste exercício é fazê-lo sem apoiar em nada com as mãos e chegar com as costas à ao menos um palmo do chão e voltar com total controle. Eu já fiz e faço isso e nunca tive dor no joelho e tenho 180cm de altura (o que aumenta a alavanca no joelho).
Se quem vai passar o exercício já fez e sentiu no próprio corpo os efeitos, será mais fácil saber quanto, como e onde usar. Se não, ficará vago a segurança do aluno. Se for usar ele para próprio treinamento, aprenda de alguém que tenha experiência com exercícios/movimentos com o peso corporal, será mais seguro.

5) motivo
Por que quer fazer? Por que quer passar esse exercício?
"Há... Para isolar o quadríceps... Ganhar hipertrofia"
R: Então vai t*(&% n s3 c&¨!
Já está errado! Se quer hipertrofia, vai agachar pesado e muitas vezes!
Esse exercício, ou melhor, movimento, serve para trabalhar com movimento! Preparação de articulações! É outro departamento.

É como a flexão de punhos (https://www.youtube.com/watch?v=PvP2OhIkRbE), se não estiver preparado para fazê-la, é ÓBVIO que irá machucar! Mas se não SE PREPARAR para fazê-la irá se machucar por outras vias (fazendo Handstand/parada de mãos, por exemplo).

NÃO EXISTE EXERCÍCIO ERRADO, EXISTE CORPO DESPREPARADO PARA FAZÊ-LO!

O corpo é um organismo VIVO, que conforme vai sendo estimulando da maneira correta irá se ADAPTAR ao estímulo dado. Se o estímulo for muito, ele vai avisar que é muito com uma lesão. Se o estímulo for pouco, ele não vai fazer nada e nem mudar nada.

Acredito que aconteça estes "misunderstanding" pela migração/globalização das áreas. Vejam bem, isso não é ruim! Mas a falta de preparo e poder de análise dos profissionais são um problema.
Um professor da musculação vê um exercício do pilates, acha legal e vamos passar...
Por que? Não sei, mas é legal!
Um professor que trabalha com treinamento funcional vê uma sequência (bi-set, tri-set, etc) de um profissional da musculação, acha legal, e vamos lá... Vamos passar!
Por quê? Puts, porque a aluna dele saiu morta do treino...

Não procuram se aprofundar um pouco na área, conhecer, expor seu próprio corpo à tal, para depois ter opnião formada. Só olham, e mandam bala, passam pra frente ou falam mal.

Então o SISSY SQUAT é ruim? NÃO!
É para todo mundo fazer? NÃO!

Mas as pessoas deveriam se preparar. Estimular seus tendões e articulações. Na ginástica, circo, e outras modalidades acrobáticas estes exercícios e outras variações são utilizadas para preparar as articulações e fazer um fortalecimento prévio para outros movimentos, para diminuir o risco de lesão. Mas tudo de forma progressiva e lenta. Diferente do conceito de musculação, por exemplo, que as pessoas pedem uma mudança significativa em 2-3 meses.

Então pensem: exercício, como qualquer medicamento; para ser BOM e fazer BEM depende de QUEM, QUANTO, QUANDO, COMO e ONDE! Se faltar resposta justa e certa para umas das palavras ditas acima, o risco é ALTO não só para o Sissy Squat, mas também para o Deadlift, Back Squat, Front Squat, Snatch, Clean & Jerk, Handstand, etc, etc, etc.



 

O Tempo, o Estresse, a Causa e o Efeito!

O Tempo, o Estresse, a Causa e o Efeito!
por Alexandre Castro Alves

Muitas coisas na vida você pode parar, mas uma das coisas que você não pode parar é o tempo. Ele vai passar... É só uma questão de tempo.

Quando as pessoas vêem meus alunos treinando e depois (ou as vezes na mesma hora) me abordam ou abordam meus alunos perguntando: "nossa, que legal, com quanto tempo de treino dá para fazer igual ela(e)?"
Geralmente não respondo, mas quando respondo vejo logo o "deixa pra lá" nos olhos do indivíduo.

Os movimentos que chamam mais atenção, óbvio, levam muito mais tempo para serem executados.

Sou feliz por ter 90% dos meus alunos de longa data (2 anos ou mais). Os mais avançados batem mais de 3 anos de treino embaixo da minha asa, geralmente começando sem ao menos fazer uma única barra.

Então sabemos que o crucial para melhorar é: O tempo!

Não importa o que você quer na vida. Saiba que o melhor movimento, o melhor da vida, exige tempo.
O corpo demora para regenerar, reconstruir, se adaptar, etc e etc. Nada significativo acontece do dia para a noite. Precisa de repetição e paciência. O melhor sempre está por vir...

Um dentista precisa de tempo para corrigir um dente torto (geralmente 1 ano ou mais), mas ele corrige! Já disse isso antes, mas não custa repetir: já ouvi muitas vezes, de muitos professores, que flexibilidade só muda significativamente se treinar desde pequeno. Isso foi a pior besteira (ok, uma das...) que já ouvi na minha carreira.

Como já sabia Julius Wolff (1836-1902) no século XIX, os ossos e outros tecidos irão se remodelar como resultado de um estresse aplicado ao tecido. Isso ficou chamado como Lei de Wolff.

O curioso nisso tudo não é o fato da adaptação. A adaptação já é sabida cientificamente hà mais de 200 anos atrás. O curioso quanto a isso é sobre o estresse...

...Quanto, quando, como e onde? ;-)

Lembre-se: você fazer um treino, um estudo, um trabalho ou seja lá o que for de um "jeito porcaria", o tempo vai passar. Se fizer um treino, um estudo, um trabalho ou seja lá o que for de um "jeito sangue nos olhos", o tempo vai passar também.

O mesmo tempo que você usa para fazer algo fútil, poderia ser usado para algo útil. A diferença entre meninos/meninas e homens/mulheres é que os últimos fazem o que tem que fazer, sem se preocupar com por quanto tempo farão.

Disse uma vez meu pai: "preguiçoso faz trabalho dobrado!".

Aproveitem o tempo de vocês.
Leiam bons livros.
Assistam bons filmes.
Aprendam de bons professores e bons amigos.
Brinquem de boas brincadeiras.
Se espelhem em boas pessoas, em bons artistas.

Assim você irá galgar degrau a degrau rumo ao seu objetivo... E ele chegará... Custe o tempo que custar!


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